Humanos causaram extinção do lobo-da-Tasmânia, diz estudo

Uma pesquisa da Universidade de Adelaide, na Austrália, aponta que os humanos foram os grandes responsáveis pela extinção do animal conhecido como lobo-da-Tasmânia, da espécie Thylacinus cynocephalus.
O estudo foi publicado na edição de janeiro no periódico "Journal of Animal Ecology". Segundo os pesquisadores, uma das hipóteses cogitadas era a de que uma epidemia teria sido crucial para a extinção da espécie - suposição que foi afastada pelos dados levantados no estudo.

Para averiguar como ocorreu a extinção, os cientistas criaram vários modelos matemáticos. Eles simularam os efeitos diretos da caça feita pelos humanos, da perda de habitat, da colonização europeia na região da Tasmânia e também os indiretos, como a diminuição das presas dos lobos-da-Tasmânia devido à agricultura e outras ações de origem humana.
Os resultados mostraram que o impacto da presença humana, sozinha, foi suficiente para dizimar a população dos animais, cujos últimos exemplares deixaram de existir no início do século 20.

"Muitas pessoas acreditavam que a caça não poderia ter causado a extinção dos tilacinos [outro nome comum da espécie Thylacinus cynocephalus]. Então, surgiu a ideia de que uma epidemia desconhecida poderia ter sido responsável por isso", disse o pesquisador Thomas Prowse, um dos autores da pesquisa, ao site da universidade.
Prowse explica que, no fim do século 19, o governo da Tasmânia pagou recompensas a quem matasse lobos-da-Tasmânia e entregasse os corpos.
Existia uma ideia corrente, na época, de que estes animais eram predadores de ovelhas - um estudo recente, no entanto, aponta que as mandíbulas do tilacino eram tão frágeis que suas vítimas possuíam no máximo o tamanho de gambás.
O último lobo-da-Tasmânia morreu em um zoológico em 1936, de acordo com o estudo.


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